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9.13.2017

Quem nunca? (7 coisas que nunca pensámos que faríamos e afinal...)

Preparem-se para uma lista infinitamente estúpida, escatológica e arbitrária. 
Mas... 

quem nunca?...



1) deixou que andassem com a fralda tão cheia mas tão cheia que parecia ter um tijolo lá dentro?
no outro dia no parque reparei que a fralda estava quase a bater no chão com tanto xixi


2) fingiu que não estava a ouvir o(a) filho(a) a acordar durante a noite para ver se o outro progenitor era surdo [ou só muita esperto] e lá ia? 
são mesmo surdos ou espertinhos?


3) limpou ranhoca deles com a mão (e depois limpou à própria roupa?)
no avesso para não se ver, claro

- ainda estão aí? -

4) os pôs a ver televisão/tablet para poder comer - ou fazer alguma coisa - descansado?
se os filhos tiverem menos de 1 ano, não vale responder que não [é um AINDA não lol]

5) aparou vomitado com as próprias mãos?
quem diria, numa daquelas noitadas mais regadas e com amigos que coiso..., que um dia teríamos este instinto para com os nossos filhos?!

- a sério, ainda estão aí? 
com a maternidade, deixamos de ser tão enojadinhas, não é? -

6) os deitou directamente na cama, vindos do carro, depois de adormecerem?
salgados ou todos cagados ou transpirados ou o que for, sem jantarem


7) fingiu que não sabia que o filho(a) tinha cocó na fralda para ser o outro progenitor a ir mudar? 
foi só respirar pela boca aqueles 5 minutos ou perguntar se alguém deu um pum (para ver se o outro tinha perdido o olfacto ou se estava apenas distraído [ou é só muita esperto]?)


 Quem nunca, senhoras? Quem nunca?
vá lá, confessem-se. 
Não me deixem mal. ahah



 


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9.11.2017

Como está a correr a vida em Santarém?

Ninguém perguntou, mas já soube que algumas pessoas se mudaram para o campo depois da minha mudança. Não me posso sentir a responsabilidade desse passo, como é óbvio, mas fico feliz se correr tão bem como tem corrido connosco.

Não vão ouvir aqui só passarinhos. Nem sempre é bom (como em tudo na vida). Tenho melgas em casa e toda a espécie de bicharocos (até um morcego...), uma casa destas requer maiores cuidados e limpezas, não tenho amigos por perto, etc, etc, etc. Mas o que é bom, não é bom, é óptimo.

A vida é mais calma, não perdemos tempo no trânsito, há imensos parques espalhados pela cidade e vamos variando, se não formos passear depois da escola, há sempre flores para regar em casa e festas para fazer aos cães, as caras são-nos mais familiares... é bom, muito bom.

As miúdas são felizes aqui. Sê-lo-iam provavelmente numa grande cidade porque o mais importante não é onde estamos, mas com quem estamos. Mas há algo em mim que me diz que esta ligação à terra, irem apanhar amoras, ir à horta da vizinha apanhar feijão verde, andarem descalças na rua lhes dará memórias para a vida. 

Agora que a Luísa foi para a escola, tenho tido mais tempo para a casa e para mim, assim como para o blogue e outros trabalhos (escrevo e faço locuções), e, apesar de ter de ir algumas vezes a Lisboa e voltar, faz-se bem. Tenho 6 horas sem elas para gerir (e acreditem, passa a correr), mas, apesar desta fase de adaptação ter sido difícil até para mim, já percebi que vamos ser muito felizes este ano. 
Estou confiante. 

Por isso, a resposta à vossa pergunta imaginária: a vida em Santarém está a correr bem. 










 


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Roupas para o regresso às aulas? Giras, confortáveis e em conta!

Até agora as miúdas têm levado roupa de verão para a escola (e o bom que é ficarem vestidas só com um vestido ou uma túnica ou t-shirt e uns calções), mas o tempo já começa a mudar e temos de estar munidos.

Ontem fui com o David e as miúdas fazer o que tinha de ser feito: escolher roupa para a nova estação. Muita da roupa prática que a Isabel levava para a escola, com a idade da Luísa, era emprestada, por isso não sobrou muita coisa. Começamos agora a ver o que significa ir às compras para duas, comprar "tudo do zero". Por isso, aliar conforto, peças engraçadas, que nós gostemos e que elas gostem, e principalmente a preços acessíveis, é fundamental.

Gostámos muito da nova colecção da C&A. Há de tudo: vestidos mais compostinhos, gangas e pullovers e até uma saia de tule que me ficou debaixo de olho para outras ocasiões.
Hoje de manhã experimentámos quase tudo (só vou trocar uma camisola da Minnie, que está à justa, e mandar fazer bainha nas calças da Luísa, de resto, ficou tudo óptimo).

Que giras ficaram!














Foram com estes vestidinhos hoje.
E a Isabel com o seu relógio da Patrulha Pata
(desde ontem que pergunta as horas a cada meia hora ahah) 

A Isabel ficou feliz.
A Luísa ficou a chorar baba e ranho. Amanhã será melhor.
 
 



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9.10.2017

Desconfiem da Mãe perfeita

Estão perante uma mãe que faz, acontece, tem tempo para as bolachas caseiras, para as unhas sem uma mossa, para o cabelo sem raízes, para o ioga e para um copo, para uma casa a brilhar e roupa impecavelmente engomada, zero ajudas, que ainda realiza pedipapers, vende bolos na quermesse, trabalha 9 horas fora de casa, passa imenso tempo com os filhos, lê livros, uns atrás dos outros, está feliz e realizada, fala com toda a calma do mundo, nunca stressa e ainda tem aquele bumbum todo empinado. Desconfiem.

Estão perante uma mãe cujos filhos dormem bem, comem bem, nunca fizeram uma birra, não pintaram uma parede nem um sofá e fazem sempre o que lhes é pedido e ainda têm a roupa toda aprumadinha e brincam imenso na rua, são óptimos a tudo: desportos, música e mandarim. Desconfiem. 

Estão perante uma mãe cujos primeiros tempos foram maravilhosos, zero dores, casa impecável, jantar sempre pronto para quem a for visitar, sorriso nos lábios e zero olheiras, percebe à primeira o que o bebé quer, raramente chora, raramente dá más noites, adormece sozinho, não faz cocós até ao pescoço nem pede colo a cada minuto, tem tempo para tudo, tudo controlado, nunca se esquece de nada quando sai de casa, faz tudo como dantes e a vida segue igual, mas melhor. Desconfiem.

Estão perante uma mãe que nunca se culpou, nunca desesperou, nunca teve saudades de nada da vida sem filhos, nunca se queixou, nunca teve medo, nem dúvidas, nunca quis ser ou fazer diferente. Desconfiem.

Desconfiem da mãe perfeita. Desconfiem da mãe que consegue tudo a toda a hora sem queixume, só com optimismo e contorcionismo e onda zen e que ainda joga com o baralho todo. 
Desconfiem porque a omnipresença e a omnipotência dá tanto trabalho que dificilmente se consegue manter, ad eternum. 
Desconfiem, não no sentido de puxar para baixo quem assim é - ou pensa ser - mas no sentido de não almejarem ser igual. Não vão conseguir. Não o tempo todo. 

Ser bem sucedida, fazer carreira, mãe presente, mulher extremosa, amiga irrepreensível, cozinheira dedicada, pessoa voluntariosa, cujos dias parecem ter 57 horas e um ar que transmite paz de espírito, segurança e completude, tudo, ao mesmo tempo, não vai dar. 

Desconfiem que seja possível ser perfeita. Ou desconfiem que estar no controlo de tudo - ou achar que se está - seja quanto baste para ser feliz. Desconfiem mais ainda que as crianças ou os bebés sejam mini-adultos, sem necessidades especiais, sem precisarem de testar, sem espaços em branco que precisam de ser preenchidos. Se desejamos um filho que fique sempre quieto, compremos um tapete. Se desejamos um filho que não chore, compremos um boneco a pilhas. Se desejamos um filho que durma logo a noite toda, adoptemos um já adulto (e, mesmo assim, sem garantias). 
De forma alguma devemos nivelar por baixo, esperar o pior, encarar a vida de forma pessimista. Mas ter as expectativas muito elevadas, esperar de nós e dos nossos filhos algo que não estamos preparados para ser, pode trazer frustração.

Mães e pais imperfeitos, filhos em construção, casas que às vezes parecem caóticas: é Vida, com altos e baixos, sempre a pulsar. O mais normal é isso. Desconfiem do resto.

Fotografia I Heart You

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9.07.2017

A outra Joana não me vai perdoar...

Só podem andar a dormir! Só podem, mesmo!!


Têm visto as fotografias da Joana Paixão Brás? As que ela tem tirado às filhas? Desde sempre que teve muito jeito para isto, mas parece que o segundo parto fez com que se tornasse profissional. Há quem diga que nasceu para ser mãe, eu acho que a Joana nasceu para ser fotógrafa. 

Ela não me vai perdoar, mas c*guei! 

Peçam-lhe para vos fotografar as filhas, eu fico a agente dela! :) Enviem e-mails para mim joanagamafreire@gmail.com que eu trato disso só para que ela não aceite fazer tudo de graça por ser boa pessoa. 

Eu espero que ela se torne famosa para lhe sacar uma de graça! 


(eu não estou a brincar!)

Ai só agora reparei que estão vestidas de igual, Meu Deuuuus!

Epá que coisa linda... 

Quase que oiço uma música nesta fotografia.

Sim, a Joana leva adereços deste calibre para as sessões certamente. 




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9.06.2017

Fiquei com vontade de ter um parto na água

Já há muito tempo que não se fala de partos por aqui. Ontem vi um vídeo maravilhoso de um parto na água. E fiquei com vontade de ter um filho assim. Sim, muito provavelmente não bato bem. Já vos disse que muito provavelmente não terei mais (neste momento não quero mais!). Vou reformular: fiquei com um bocadinho de pena de não ter tido uma filha assim.

Quando fiquei grávida da Isabel, comecei a ver partos no Youtube e no Facebook. Acalmava-me. Despertava em mim coisas boas. E a verdade é que adorei o meu parto (ambos, aliás). Foram - um no privado e o segundo no público - bastante harmoniosos, respeitadores, dentro daquilo que eu na altura esperava, e com muito boas energias e bons profissionais. E com o David ali ao meu lado. Mas... gostava (acho que gostava) de ter experimentado o que é um parto completamente natural. Em ambas as vezes deram-me cenas a meio para induzir e acelerar, o que, dizem, aumenta as dores das contracções, e nunca consegui não pedir epidural. Será que sem isso, as dores teriam sido suportáveis? Possivelmente sim, quem sabe? 
Claro que tenho memórias fantásticas e isso é impagável. No segundo, apesar das complicações no recobro (essa considero a fase 2 do parto, a primeira foi óptima), pedi para ser eu a puxar a minha filha para cima de mim e isso aconteceu e foi maravilhoso. E não me fizeram episiotomia e esteve bastante perto da perfeição - tive pena que tivessem cortado apressadamente o cordão umbilical ou que a tivessem esfregado para tirar o vernix logo, por exemplo. Coisas que, se fosse agora, teria pedido ou reforçado antes. Acho que ainda há muitas coisinhas a mudar nos partos que se fazem hoje em dia nos nossos hospitais, para os tornar o mais humanizados possível.

Acho importante que se fale de partos. Todas as histórias contam. Quando estamos grávidas, se calhar dispensamos bem histórias dolorosas de 89 horas de parto ou de bebés que foram empurrados novamente para dentro, para não ficarmos alarmadas (há sempre alguém que se esquece que estamos num período mais delicado e pumbas!), mas tirando isso, acho um tema absolutamente interessante e importante.


Já tivemos aqui alguns relatos de partos. Vamos a isso?

 O meu partão - Joana Gama

O parto da Luísa 

E este incrível:

Isabel 16/03/2014

Luísa 31/05/2016

Carta à minha filha que foi para a creche pela primeira vez

Querida filha,

Espero que à hora que te escrevo já tenhas parado de chorar. Que tenhas comido qualquer coisa. Que tenhas conseguido dormir um bocadinho e sem soluçar. Que já tenhas presenteado todos os que te rodeiam com esse sorriso contagiante, com essas notas musicais no corpo, com os teus abraços demorados, com o teu despachanço. Tu que deitas alegria por todos os poros, que és meiga e suave e quase não choras. O meu coração mirra cada vez que te deixa, qual furacão a cuspir lava, pronta a ficar vermelha de tanto chorar. Faço um esforço enorme para não chorar ali à tua frente. Choro por dentro filha, tanto, tanto. Choro agora. 

E recordo a última sesta que fizemos juntas. Fiz questão de dormir contigo, de estar ali a ouvir-te respirar. Não quero saber se é parvo, adoro pôr o meu nariz bem perto da tua boca tão bem delineada para sentir o cheiro que de lá sai. É qualquer coisa de maravilhoso. E fui percorrendo todo o teu corpo com o olhar. Os teus dedos dos pés, quentinhos, a tocarem nas minhas pernas. As tuas dobrinhas perto dos joelhos. Tudo tão perfeito. A tua barriga que sobia e descia num ritmo calmo, relaxado. Estavas tranquila. Estavas segura. Sabias que eu estava ali. Dormes sempre mais quando eu estou ao teu lado. Eu protejo-te da ausência, do vazio. Eu sou a tua mãe. Foi a última sesta antes de ires para um sítio diferente, com outros cheiros e outras caras. Foi a última sesta comigo ali, por perto, pronta para te sorrir quando acordasses. Foi a última sesta em que pudeste sentir o meu cheiro, logo tu que, quando te cansas de mamar, gostas de enfiar a cabeça no meu sovaco. Tu não sabias que havia mais mundo lá fora, nem que quando acordasses eu poderia não estar lá. E isso dói-me em todos os músculos, articulações e na alma. Fazer este corte custa. Custa muito. Para as duas.

Sei também que vai deixar de custar tanto. Sei que um dia irás, conformada e entusiasmada, para a tua salinha e dir-me-ás adeus com a tua maozinha sapuda e tentarás dar-me um beijinho. Sei que um dia terás a certeza absoluta que eu volto para te devorar com beijos e colo e mimos. 
Até lá tenho de acreditar que vais ficar bem, que esta fase faz parte e que não deixará mossas em ti, minha filha querida. Que tudo o que vivemos foi tão forte e tão bom que já ninguém conseguirá desfazer. Que a nossa ligação te dará sempre forças quando eu não estou e que a saudade vai passar a ser algo bom. 

Estou aí às 4 horas, filha. Sabes que é a melhor parte do meu dia? Quando tudo volta a fazer sentido? Quando o meu coração acelera, qual apaixonada antes de um encontro? Chora tudo o que quiseres, faz-me queixinhas, pendurada no meu ombro. Até amanhã de manhã sou toda tua. E serei sempre. Mesmo nas horas em que não estou.

Sempre, filha. Sempre.